Anéis de fadas
(Círculos ou arcos de Cogumelos)
Os anéis de fadas aparecem descritos em diversas obras
das artes plásticas e literárias, (até mesmo Shaekespeare os mencionou num trecho
de A Midsummer Night's Dream “Sonho de Uma Noite de Verão”). Sendo esta uma
peça teatral, uma comédia escrita em meados da década de 1590.
Não se sabe
ao certo quando a peça foi escrita e apresentada ao público pela primeira vez,
mas crê-se que terá sido entre 1594 e1596. Alguns autores defendem que a peça
possa ter sido escrita para o casamento de Sir Thomas Berkeley e Elizabeth
Carey, em Fevereiro de 1596.
Não existe
uma fonte direta que tenha servido de inspiração para a peça, ainda que se
possam encontrar elementos relacionados com a mitologia greco-romana e respetiva
literatura clássica. Pensa-se que Shakespeare tenha escrito o "Sonho de
uma noite de verão" sensivelmente ao mesmo tempo que o Romeu e Julieta e,
de fato, existem muitos pontos de contacto entre as histórias.
Os Anéis de fadas, também conhecidos
como anéis ou círculos de feiticeiros, elfos ou de bruxas, são círculos ou arcos
de cogumelos, que surgem naturalmente. Existem muitas lendas em torno deste
fenômeno!
Alguns dizem que estes círculos indicam locais perigosos, outros
acham que trazem sorte ou mesmo que são portais para outros mundos.
Marasmius oreades |
Acredita-se que um dos
maiores círculos já registados tenha perto de 600m de diâmetro e
aproximadamente 700 anos! (encontrado próximo a Belfort, na França)
Inúmeras crenças
fantásticas surgiram em torno destes círculos de cogumelos. Muitas culturas
explicam o surgimento de tais círculos como o resultado da dança circular de
seres míticos, como fadas, elfos ou bruxas, ou como a indicação da existência
de cidades encantadas subterrâneas. Outros teriam dito que os cogumelos
serviriam de mesas ou cadeiras para as fadas.
Segundo as várias lendas, entrar num círculo destes
pode trazer diversos resultados surpreendentes, tais como: o tempo lá dentro
passar muito rápido e poucos minutos serem na verdade semanas ou meses; não ser
possível sair de lá sem ajuda externa (porém para salvar alguém seria
necessário esperar um ano e um dia a partir da entrada); dançar até a exaustão,
a loucura ou a morte; perder um olho ou ser amaldiçoado.
Outras lendas dizem existir
formas de explorar estes anéis em segurança, com procedimentos como correr ao
redor do círculo nove vezes (dar dez ou mais voltas seria perigoso) ou usar um
chapéu virado para trás (isso confundiria as fadas). Para outros, os anéis
trariam boa sorte: animais que se alimentassem da vegetação no centro do círculo
se tornariam mais saudáveis e férteis e casas construídas sobre estes círculos
seriam prósperas.
E é assim este magnífico e místico reino dos fungos.
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